A experiência do sexo enquanto busca da expansão da consciência é algo bem interessante, mas abre portais pra boas confusões também… [risos].

Venho já há bastante tempo (uns cinco anos), desenvolvendo um conteúdo sobre sexo e cura, que será um dos volumes da série impressa da Vivência em Cura.

No estudo e práticas para o desenvolvimento desse belo texto, uma das nuances que me chamaram a atenção desde o começo foi a miríade de percepções e confusões distintas que esse tema e suas abordagens podem gerar.

Inicialmente, como muitos, até mesmo cheguei a utilizar o termo “tantra” para definir esse tipo de abordagem sexual com fins ao atingimento da cura, expansão de consciência e elevação espiritual. Mas até mesmo isso resolvi abandonar, pois esse termo já vem sendo utilizado com significados e abordagens distintas em diversos tempos, escolas, autores e contextos distintos.

Resolvi escolher algo mais isento até o momento, como a busca da elevação através do sexo.

 Isso posto, a nuance que destaco neste texto é a seguinte: há muita procura e interesse quando se fala de sexo nesse sentido, entretanto, há duas confusões e consequentes frustrações muito comuns quando as pessoas procuram essas vivências: Pessoas que estão interessadas em sexo e não possuem qualquer vivência de cura holística, expansão de consciência, vivências místicas, meditação, espiritualidade etc. No geral, essas pessoas estão muito interessadas em sexo de uma forma em geral. Quando ouvem, então, falar desse tipo de abordagem sexual, imaginam que terão aí mais uma oportunidade para experimentar algo novo e interessante no sexo. Todavia, lhes faltam os ingredientes básicos para essas vivências, a percepção interna de estados elevados e vibracionais da consciência. A vivência dos estados místicos por si só, quer seja através da meditação ou qualquer um dos outros  canais de vivências místicas disponíveis. Elas vão para essas experiências atrás de sexo. Mas chegam lá e acham tudo muito chato, pois não sabem o que estão procurando e é oferecido nesse tipo de experiência. Não tem ideia do que é um estado alterado ou expandido de consciência por si só.

 Portanto, não poderão experienciar isso na troca com o outro.

 Elas esperam um tipo de sexo performático, mas as experiências acabam lhes parecendo muita chatas, mesmo porque em muitas delas sequer há qualquer contato ou conotação sexual direta…   Pessoas que já tem um estudo interno com percepções mais vibracionais, mas se melindram por acharem que em um evento com uma eventual chamada com uma palavra como “tantra” terão de fazer sexo grupal ou na frente dos outros [risos]. A fim de se evitar ambas as confusões, é necessário primeiramente saber o que se está procurando e qual o tipo de proposta e abordagem será oferecida nas vivências que se está procurando e serão oferecidas. Procurar por experiências sexuais de elevação quando nunca as atingiu sozinho em experiências pessoais como meditação, imersões em locais de poder, jejum, retiros de silêncio e tantas outras dessa mesma natureza, é perda de tempo. Ao mesmo tempo, achar que toda experiência onde é utilizada a palavra “tantra” haverá práticas sexuais explícitas, é distorcer a percepção, partir para o julgamento e perder boas oportunidades, mesmo porque a maioria das práticas propostas com essa terminologia estão focadas tão somente em preparar as pessoas para a percepção vibracional consigo mesmas e com o outro, habilitando-as para, posteriormente, se for o caso, praticarem com seus parceiros esse aprendizado em experiências mais íntimas. E você: já viveu algo nesse sentido? Pode ser fantástico. Uma dica quanto à prática sexual em si com propósitos de elevação da consciência:medite antes;medite durante;medite depois… Luiz Antonio Berto

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