Artigo do Espaço Terapêutico de Práticas Holísticas e Consciência Ascensional – espaço ADONAI – MSLA – Melchizedek Synthesis Light Academy
De tudo, ficaram três coisas
A certeza de que estamos sempre começando
A certeza de que é preciso continuar
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar
Façamos da interrupção um caminho novo
Da queda um passo de dança
Do medo uma escada
Do sonho, uma ponte
Da procura, um encontro!!!
Fernando Sabino
A ascensão é a elevação da frequência vibratória dos nossos campos energéticos, até as oitavas mais elevadas de luz. É o processo de aumento do nosso quociente de luz interior: a fusão com nossa verdadeira natureza. Ascender é reconhecer nossa matriz divina e recuperar a consciência de quem realmente somos.
O processo de ascensão é o nosso caminho de reencontro com Deus, ao mesmo tempo, que trazemos Deus para se manifestar em nossa personalidade. Neste aspecto, podemos dizer que a ascensão é na realidade uma descensão, ou seja, é o processo de trazer a luz de nossa mônada (ou presença Eu Sou) para se manifestar e expressar através de nossa personalidade. E com a manifestação da Luz na Terra, estamos realizando nosso propósito divino no planeta.
O planeta Terra está passando atualmente pelo processo da ascensão planetária, que é um processo natural que ocorre a todos os planetas num estado específico de sua evolução quando sua base muda de carbono para silício. Ao mesmo tempo em que sua frequência fica mais refinada e sua vibração vai chegando a oitavas superiores, os seres que habitam o planeta são também modificados pela nova frequência. Dessa forma, a ascensão pessoal é uma consequência da ascensão planetária. E é exatamente isso que estamos vivenciando nos dias de hoje.
A ascensão pessoal ocorre com a participação ativa (consciente) ou não do indivíduo. No entanto, a consciência desse processo pode acelerá-lo e, à medida que mais pessoas vão despertando e se voltando para a aceleração consciente do processo de ascensão, os seres humanos vão auxiliando o planeta em sua mudança e isso faz com que a mudança de vibração possa ocorrer sem grandes complicações (cataclismos, tragédias, desastres naturais, etc…). Se a frequência dos habitantes também se eleva juntamente com a do planeta, a mudança ocorre de forma harmônica e natural, pois os habitantes dão a sustentação energética que o planeta precisa.
Existem muitos livros focados em práticas conscientes e sobre o que é necessário para elevar as nossas frequências vibratórias. Segundo Dr Joshua David Stone, o processo de ascensão se encontra totalmente ligado com o processo de iniciação. “A palavra iniciação provém de uma raiz latina que significa começar. A iniciação pode ser considerada um novo começo, a transformação para uma nova forma de ser”. Uma analogia utilizada pelo mestre Djwhal Khul é que uma iniciação seria como a passagem através de um portal.
Existem duas maneiras pelas quais podemos definir uma iniciação espiritual: em termos do seu significado ou de sua mecânica subjacente. Se olharmos para o significado interno da iniciação, uma boa maneira de defini-la seria dizer que é um processo que nos torna “mais conscientes de nós mesmos como almas encarnadas”, segundo DK. A iniciação pode aumentar diretamente esse estado consciente ou pode fazer com que esse estado evolua diretamente melhorando algum traço ou característica, como por exemplo, a capacidade de experimentar o amor incondicional. Se olharmos para as iniciações em termos de mecânica, uma boa definição é aquela que DK usa nos livros de Alice Bailey, ou seja, “uma iniciação é como uma sequência progressiva de impactos direcionados de energia”.
Do ponto de vista esotérico, a iniciação implica uma transformação permanente nos campos de energia dos seus corpos sutis. É importante entender que a iniciação não envolve aprendizado intelectual, é uma mudança permanente na sua estrutura e por tanto, no seu ser. Do ponto de vista esotérico, cada um de nós está envolvido por uma sequência de campos de energia alinhados. Embora a maioria das pessoas não tenha conhecimento desses campos, eles são reais e o seu estado exerce um efeito profundo em nossas consciências e em nossa maneira de ser no mundo – o modo como pensamos, agimos e sentimos em relação a nós mesmos, nosso meio ambiente e às outras pessoas. Sabemos que em nossas vidas diárias até mínimas mudanças em nossa energia podem produzir mudanças significativas em nossos pensamentos e sentimentos. Por exemplo, se estamos deprimidos, podemos ouvir música, fazer exercício físico, ou abrir uma janela para permitir a entrada de uma maior quantidade de oxigênio.
O propósito da iniciação é o de produzir uma transformação permanente em seu campo de energia que leva a uma mudança em sua forma de ser no mundo. A iniciação é um tema de interesse para qualquer um que procure um crescimento pessoal e espiritual. A iniciação se encontra bem no âmago de como o universo está estruturado. Para entender isso antes é preciso compreender um fato básico sobre evolução espiritual: ela nunca tem um fim…
Uma vez que você percebe que a evolução espiritual não tem fim, se torna claro o que cada um pode ganhar ao receber iniciações de seres que estão bem mais adiante na caminhada espiritual. Por exemplo, o mestre tibetano Djwhal Khul, nos escritos canalizados por Alice Bailey, fala sobre o seu relacionamento com seu mestre, Kuthumi, de quem recebeu ensinamentos e iniciações. Atualmente, D.K. ainda está recebendo iniciações de Kuthumi e Kuthumi por sua vez ainda recebe ensinamentos e iniciações de seu mestre e assim por diante. Essa grande cadeia de iniciações em última instância se estende por todo o caminho de retorno a Deus, o único ser no universo que não se beneficia de iniciações, pois é a fonte da qual provem a energia para elas.
Não somente nós seres humanos estamos recebendo iniciações, mas também a Terra as está recebendo. As iniciações da Terra correspondem às iniciações que a humanidade, como um todo, está recebendo. E ambas (iniciações da Terra e da humanidade) estão interligadas com as iniciações que o nosso sol está recebendo e este está interligado com as iniciações que outras estrelas recebem. O universo por inteiro pode ser visto como uma gigantesca rede de sistemas de iniciação interconectados. A imensidão e a grandeza dessa rede é somente igualada por sua beleza.
Isso não quer dizer que é essencial que todos recebam iniciações. Você pode trabalhar sozinho e evoluir espiritualmente, mas cabe salientar que todos estamos juntos nesse jogo. Essa é a grande lição que o amor tem para nos dar. Não significa que você não possa fazê-lo sem ajuda, mas sim que isso demandaria muito mais tempo.
É bom deixar claro que as iniciações não são um substituto da continuidade do trabalho em prol do nosso crescimento pessoal ou espiritual, embora as iniciações possam acelerar dramaticamente esse crescimento. “A razão pela qual as iniciações energéticas podem acelerar tão efetivamente o crescimento é porque elas permanentemente concedem uma shakti (uma energia espiritual que se comporta inteligentemente) do receptor. Todos os benefícios conferidos pela iniciação espiritual se dão por meio das shaktis”.
Existem vários tipos de iniciações espirituais. Dr. Joshua David Stone descreve em seu livro “Manual Completo de Ascensão” as iniciações que fazem parte do processo de ascensão. Estas são iniciações espontâneas são marcos dentro da evolução espiritual e conscientização do ser do “Tudo que é”. Existem iniciações espirituais espontâneas, como as descritas por Patrick Zeigler, que podem ser consideradas “sub iniciações” do processo de ascensão; ou seja; elas podem ser definidas como uma ancoragem de energias superiores que possibilitam seu reencontro com sua alma e mônada e aceleram o processo de ascensão. Estas iniciações também ocorrem espontaneamente à medida que a pessoa está realizando práticas espirituais específicas.
Existem as iniciações que recebemos da linhagem energética de um mestre ou ser espiritual específico. Estas iniciações podem ser recebidas no plano astral ou podem ser recebidas através do veículo de uma pessoa num corpo físico (desde que a pessoa esteja autorizada a passar esta energia através de uma iniciação). Uma linhagem é um grupo de seres encarregados da responsabilidade de transmitir iniciações que são particularmente importantes, ou que requeiram uma informação detalhada para serem recebidas com segurança ou para serem efetivamente utilizadas. Uma iniciação de linhagem deve ser recebida de um oficial representativo da linhagem apropriada. Isso também requer algum nível de consciência por parte do receptor sobre o significado da iniciação, de como se beneficiar dela ou de como usá-la.
Essas iniciações são na realidade sintonizações em energias específicas que geralmente possibilitam grandes “limpezas kármicas”, aumento da auto consciência, facilitação do caminho espiritual, curas específicas, entre outras coisas.
As iniciações do processo de ascensão são divididas por DK, Alice Bailey e posteriormente Dr Stone em sete níveis. Esse sistema de sete níveis serve para avaliar o progresso espiritual de um iniciado e pode também ser interpretado, segundo Jasmuheem, como os graus atingidos pelo despertar de uma pessoa no reconhecimento de sua verdadeira identidade.
Existem algumas escolas antigas que utilizam um sistema de 12 níveis, que, segundo Dr Stone, podem ser considerados sub níveis do grande sistema de sete níveis.
O caminho probatório: somente quando a alma alcança um certo grau de desenvolvimento, o eu superior e a mônada começam a ter um interesse ativo por ela. Aí então, ela assume a responsabilidade pela sua evolução e começa a se unir verdadeiramente em propósito com o eu superior. A alma que está no caminho probatório volta agora sua atenção para o mundo e para a influência do seu eu superior e começa a dar atenção à parte de si mesma que passa pelos ciclos de encarnação nos quatro mundos inferiores. A alma da pessoa também atraia agora a atenção do mestre e do grupo de mestres com o qual está ligada pelas leis cósmicas. No entanto, devemos observar que, nesse estágio, a pessoa geralmente não tem consciência desse vínculo.
O discípulo aceito: esta fase marca o verdadeiro começo no trabalho do discípulo com o mestre. A alma encarnada tem agora que se estabelecer no mundo do serviço. A pessoa tem que manifestar, em sua esfera de influência, as qualidades do amor, da luz, da compaixão e do intento divino. Essas qualidades irão se aprofundar conforme a pessoa avança no processo de ascensão. No entanto, uma vez aceito, o discípulo deve dar atenção ao desenvolvimento dessas qualidades superiores em sua vida.
A primeira iniciação: esta é, na realidade, a entrada oficial no caminho da ascensão, que não tem mais volta. A partir daqui, o auto domínio é a chave do propósito do discípulo. Nesta iniciação, ele deverá trabalhar o domínio das tendências físicas inferiores básicas: purificação da alimentação, manutenção do corpo livre ao máximo de toxinas, transmutação da luxúria em amor, entre outras coisas. Aqui a pessoa começa a tomar consciência de si mesma como alma.
A segunda iniciação: esta iniciação desenvolve o controle do corpo astral/emocional. Aqui se dedica muito tempo ao domínio dos desejos do ego, para que a pessoa possa se focar somente no Eu Superior. Os desejos egoístas são substituídos pelo desejo de servir e entra-se num trabalho com nossa natureza emocional e psicológica. Aqui a pessoa deverá tomar consciência de quem ela é, de todos os aspectos do seu eu, aceitá-los e trabalhar os aspectos negativos. A meta da segunda iniciação é fundir as metas e desejos pessoais com os do Todo. Os estágios iniciais de completa paz interior são um indicativo de que se está alcançando esta meta.
A terceira iniciação: esta é a iniciação onde ocorre a fusão com a alma, pois nos ligamos diretamente com o Eu Superior. Aqui, o domínio do pensamento é o foco central. As formas pensamento têm que se tornar claras e definidas, assim como o nosso propósito. Os pensamentos devem ser dirigidos para os planos superiores. Os iniciados neste estágio precisam aprender a dominar seus próprios mundos de pensamentos ao invés de ser vítimas do pensamento habitual ou das formas pensamento da consciência de massa. Uma coisa importante nessa iniciação é o cuidado que se deve ter para não cair na repressão dos pensamentos, pois este é um processo de transcendência e não de repressão. A pessoa precisa aprender a trabalhar com os bloqueios físicos, emocionais e mentais e não negá-los, e isso para muitos é a parte mais difícil.
A quarta iniciação: esta iniciação é chamada de “crucificação”, pois todos os parâmetros, dependência e apoios exteriores são retirados ou já não dão mais a satisfação costumeira e o indivíduo passa a ter que confiar apenas em seu próprio relacionamento consigo mesmo e com Deus. Há um período de sacrifício e desapego profundos nesta iniciação, e aqui a pessoa tem que trabalhar os medos e as perdas. Aqui, o iniciado torna-se a alma e passa a se comunicar com a mesma através do antakarana. Sua própria mônada torna-se seu mestre, guia e professor. Neste ponto, a visão aumenta aos saltos e pulos e o interesse passam a ser verdadeiramente elevar o mundo, pois a alma sabe que forma uma unicidade com Tudo-O-Que-É. Todos os esforços aqui estão voltados para dissipar os últimos vestígios do “karma pessoal”, a fim de promover um equilíbrio e ajuste do “karma do planeta” como um todo. Aqui, o iniciado não é mais uma alma aprisionada, mas sim a própria alma.
A quinta iniciação: esta iniciação é chamada de fusão monádica; é a revelação e ocorre no plano átmico. Aqui, a relação estabelecida é entre a alma espiritual individualizada e a mônada. As impressões recebidas vêm diretamente do plano monádico e dos mestres. A vontade de servir assume fundamental importância, pois a visão do iniciado de quinto grau inclui tanto os muitos níveis do reino humano como do espiritual. A pessoa toma total consciência dos papéis desempenhados na evolução da Terra e do universo. Aqui, a pessoa entra em pleno contato com seu poder pessoal e com o amor e luz.
A sexta iniciação: esta é a iniciação da ascensão; que se inicia agora e se completa na sétima iniciação. Na sexta iniciação, o discípulo é considerado “um mestre do jardim da infância”. Nesta iniciação, a mônada e o iniciado fundem-se diretamente. É importante lembrar que o iniciado está somente no final do primeiro nível iniciático. Segundo DK, existem 352 níveis de iniciação a serem alcançados para chegar ao que é denominado “iniciação cósmica”. E, aqui, cabe bem uma citação de Alice Bailey: “cada iniciação alcançada revela apenas iniciações ainda mais elevadas a serem alcançadas e nunca vem o ponto em que o aspirante (seja ele um homem, um iniciado, um mestre, um choan ou um Buda) possa permanecer numa condição estática, incapaz de um futuro progresso”
As portas que dão acesso às iniciações nunca estiveram tão disponíveis em nosso planeta como na época atual. Podemos dizer que o convite à ascensão está sendo feito por Deus.
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O processo pessoal refere-se a suas questões internas, a forma como pensa, como são seus sentimentos, pelo que tem passado, quais suas necessidades atuais.
Um comentário
Obrigado pelas valiosas informações
Em Deus