Experiências freqüentes de estados espontâneos relatadas por pessoas dos mais variados e distintos perfis que freqüentam os Festivais Trance há mais de um ano:
►bigu (atingimento involuntário e não programado de estados temporalmente significativos de jejum, mas ainda assim mantendo um alto grau de energia interna, plenamente disponível);
►jejum de sono;
►expansão de consciência – saiba mais sobre expansão de consciência no conteúdo específico;
►experiência de unicidade com todas as coisas (o que é algo hoje em dia cientificamente explicado pela física quântica);
►transcendência do tempo e do espaço, sensação de emergir beatificamente no Eterno Agora;
►visualização da linguagem;
►estados estasiáticos;
►sensação de profunda positividade frente à vida;
►aumento do poder de intuição;
►insights reveladores e valiosos para o solucionamento de conflitos internos;
►percepção telepática;
►vivências místicas de uma forma em geral.
Código Ritual não Escrito
►A pista de dança é sagrada e como tal é respeitada e vivenciada por todos os participantes das festas. Nela não há distúrbios ou perturbações, a exceção de surtos de desconexão que tendem a serem dissolvidos á medida que a pessoa vai frequentando mais os festivais (item comentado adiante dentro do tópico “Dissolução da defesa desconectada”).
►A constância ininterrupta do som e da dança manifesta-se como uma vigília de celebração ao longo de toda a festa.
►Há uma manifestação constante do aspecto ritual, tribal e de celebração de todas as possibilidades da existência e da manifestação do que é e do que representa cada um de nós. Todas as civilizações tiveram seus ritos de celebração da existência, menos a ocidental. Os cultos religiosos contemporâneos abstiveram-se da celebração ligada aos planos físicos, focando basicamente a louvação intelectualizada (para saber mais sobre rituais, veja o texto específico a esse respeito).
►Os aspectos rituais e místicos dos Festivais Trance são tão profundamente marcantes que há um certo caráter iniciático envolvendo a experiência daqueles que vão a um tipo de evento desses pela primeira vez. Assim como em qualquer tipo de iniciação, uma primeira experiência ruim fatalmente tenderá a influir na pessoa uma visão ruim de todo o objeto daquilo no que se está sendo iniciado, no caso, de toda a cena trance. Normalmente, um tranceiro mais experiente que convida e leva um neófito a uma festa pela primeira vez tem todo um cuidado especial com seu convidado, não apenas o acolhendo no seu condomínio de acampamento, mas também lhe apresentando a diversas pessoas e aspectos múltiplos do festival, lhe dando dicas, carinho e proteção energética para que sua experiência possa ser o mais gratificante e reveladora o possível.
Os Festivais ainda incorporam em seu seio aspectos altamente gratificantes e edificadores do desenvolvimento humano, como as artes, os processos terapêuticos, os fóruns criativos de desenvolvimento de novas ideias, conhecimentos e tecnologias. Estão presentes oficinas de biodança, yoga, contato e improvisação, artes, exposição de artesanatos diversos e artes circenses, contemplando ainda espaço para toda a linha de manifestação criativa do ser humano.
Um Festival Trance é a própria manifestação do jogo de sinais e códigos citados no “ Chamado Mítico”:
“Os seres luminosos que viajaram para ajudar a GAIA concordaram em AVIVAR uns aos outros a lembrança. Assim, essas sementes estelares deixaram códigos em várias formas, como sons, cores, luzes, imagens, palavras e símbolos, uma ressonância vibracional, que as ajudaria a recordar seu compromisso com a luz. Ficou estabelecido que essas chaves codificadas apareceriam em todas as partes: na arte e na música vibracionais, em olhares penetrantes, em conversações e sentimentos, tudo criando um profundo desejo de despertar e chegar a ser A ENCARNAÇÃO DO AMOR. (*)
Para os mais céticos, a questão é de entender o Chamado Mítico como uma parábola, assim como a desgastada estória das almas gêmeas que se procuram. Só que neste caso trata-se de uma família anímica (da alma), que representa toda a espécie humana e não apenas uma determinada etnia ou grupo.
O Festival Trance é um fenômeno de ocorrência e crescimento mundial, movendo e deslocando pessoas de várias localidades distintas para seu seio, quer seja de cidades, estados e até mesmo países distintos de onde ocorre.
É uma das muitas manifestações do processo de entendimento e vivência da espécie humana como sendo pertencente toda ela ao planeta terra, independente de sua origem relacionada a país, raça, credo ou qualquer outro tipo de classificação. Há uma Festa muito especial, a Earth Dance, que acontece em vários países ao mesmo tempo, sendo que em determinado momento, por um arranjo previamente definido, em todos os lugares e países onde ela está ocorrendo, a mesma música é tocada, representando uma única manifestação do ser humano dentro do Planeta Terra.
Através da convivência pacífica e harmoniosa selada pelas manifestações artístico-culturais, da dança e da interação profunda, as pessoas na festa têm aprendido, pelo exemplo umas com as outras, as mais diversas formas de resgate de si mesmas, de retorno à essência, de liberação de bloqueios, superação de dificuldades e dissolução de traumas profundos.
Trecho de “Autobiografia de um místico espiritualmente incorreto” – Osho:
“A religião falhou, porque era transcendente e negligenciou este mundo. E vocês não podem negligenciar este mundo; negligenciar este mundo é negligenciar as próprias raízes. A ciência falhou porque negligenciou o outro mundo, o interior, e vocês não podem negligenciar as flores. Quando vocês negligenciam as flores, a essência mais profunda do ser, a vida perde todo o seu significado. As árvores precisam de raízes, do mesmo modo o homem precisa de raízes, e as raízes só podem estar na terra. A árvore necessita de um céu aberto para crescer, formar uma ampla folhagem e dar milhares de flores. Só assim a árvore se satisfaz, só assim a árvore sente sua importância e seu significado e a vida se torna relevante.
O ser humano é uma árvore. A religião falhou porque está falando somente das flores. Essas flores continuam sendo filosóficas, abstratas; nunca se materializam. Elas não conseguem se materializar porque não tiram seu sustento da terra. E a ciência falhou porque cuida apenas das raízes. As raízes são feias e nelas não existem flores.
O Ocidente está sofrendo de um excesso de ciência; o Oriente sofreu por causa de um excesso de religião. Agora nós precisamos de uma nova humanidade na qual a religião e a ciência se tornem dois aspectos de um único ser humano. E a ponte será a arte. É por isso que eu digo que o novo homem será um místico; um poeta e um cientista.
Entre a ciência e a religião, a ponte só pode ser a arte – poesia, música, escultura. Assim que tivermos dado existência a esse novo homem, a Terra vai transformar-se, pela primeira vez, naquilo a que estava destinada a ser. Ela pode transformar-se num paraíso: este corpo, o Buda; esta Terra, o paraíso.”
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